terça-feira, 29 de junho de 2010

Fotografias do hoje - As cores do sertão I

Bom dia, caros leitores,

Apresento-lhes algumas das fotos feitas por mim em minhas andanças pelos sertões, para que todos possam conhecer todas suas cores.

Um abraço!
















* Todos os direitos reservados.

domingo, 27 de junho de 2010

Cartas ao mundo - O eterno retorno


















Neste último fim-de-semana, resolvi aceitar o convite de Jorge para, mais uma vez, e como há muito não faziamos, "cair na estrada" rumo à Arcoverde, lugar onde por muitas vezes tomei parada e que me traz muitas recordações de infância.

Mas, um desses momentos especiais foi o retorno à Fazenda Umburanas, onde me foi possível recordar tantas e tantas coisas boas, que não voltarão mais... Afinal, os meninos daquela época já tem mais de 30 (trinta) anos, ressaltando que este que vos escreve é único, de fato e de direito, solteiro e sem filhos deles todos.

A chegada à vila, que se acha a 12 km da cidade, nunca me pareceu tão familiar... A igreja ao centro, a "casinha" do orelhão (onde era o antigo Posto de Serviço Telefônico da finada TELPE) - que nunca usavamos, pois se falava por rádio-amador (parece que estou vendo Tio Paulo falando nele: "psj 521 para 522, responda, câmbio"... E eu achava aquilo incrível, porque parecia coisa de filme).

Passada a vila, Jorge não sabia se deveria seguir pela esquerda ou direita... Foi quando o filme de que quando íamos lá passou... E me vi, por breves instantes, sentado no banco de trás do carro (sempre na janela) e passei a indicar o caminho com precisão (sem ficar nem atolado, nem sujo de lama quando aconteceu da última vez que eu e jorge estivemos lá, isso em 1988/89, creio eu...).

Foi quando avistei a casa e a porteira... E o novo e o velho começaram a se confundir... E eu me vi correndo pela frente da casa, cheio de cartucheiras, trocando imaginários tiros com meus primos... Tinha uma delas que tinha o apelido de Diadorim! (o meu apelido era de bravo, Almirante Jaceguay, mas não de cangaço).

Vi-me, ao passar da porteira, a cair do cavalo, pela primeira vez... De teimoso que já era naquela, montei o animal calçado de chinelas... Dito e feito, cai de cara na escada (e passei uns 10 dias de cabeça inchada)... E fui entrando pela casa... Tudo parecia como antes... Vejo os meninos e os adultos jogando na sala (principalmente WAR I)...

Vou a cozinha, no fundo do quintal... E lá encontro aquela janela, de onde era possível ver a famigerada goiabeira, onde apareciam umas coisas esquisitas, como uns mulambos de pano pendurados... E os meninos morriam de medo, porque se dizia que havia um monstro ali (que anos depois, se descobriu ser Paulo Gerardo, que colocava uma máscara de soldador, capa preta e saía a assustar a meninada com um facão incandescente soltando faíscas...

Foi lá que fui ferroado por maribondo, pela primeira vez... Que dirigi, de fato, um carro sozinho (pois deixaram a Chevy de porta aberta, me convidando para passear risos... Quando me vi, estava embalado na estrada da que a segunda foto mostra...

Além dos passeios de jipe pra tomar banho de açude... Tinha também o chiqueiro dos bodes, lá longe...

São muitas lembranças, todas boas demais... E isso é o que importa na vida! Ser feliz e nada mais...





E foi assim, quase 25 anos depois... Nem sempre, meu caro "guru" literário Millôr Fernandes, rever é perder o encanto... É apenas ter um novo olhar daquele mundo...

Um dia eu volto! Com toda a calma do mundo! Para lembrar de muitas outras coisas que aquele mundo de muitos quadros guardou de todos nós...