sábado, 21 de agosto de 2010

Convite - João Chaves e Michel Foucault



Caros Amigos,

É com a satisfação de ver nascer mais uma obra litéraria de qualidade, que se faz maior em razão de ser o autor um irmão que a vida me ofertou a oportunidade de ter, que vos convido a comparecer, em conjunto com Editora Juruá e o Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Católica de Pernambuco, para a palestra de lançamento do livro O problema do direito em Michel Foucault – entre imagens jurídicas e a proposta de um direito novo, de autoria do Professor João Freitas de Castro Chaves.

Data: 30 de agosto de 2010 (segunda-feira)
Horário: 18 horas e 30 minutos
Local: Universidade Católica de Pernambuco
Auditório G1 (1º andar), Bloco G
Rua do Príncipe, 526, Boa Vista, Recife-PE

Um forte abraço,
Paulo Feitosa

Convite eletrônico anexo. Favor repassar para redes sociais.
http://www.direitoesubjetividade.wordpress.com

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Poema meu - A via crucis da esperança

Amigos, bom dia!

Hoje, atrevo-me a postar mais um poema meu, chamado "via crucis da esperança", onde se fez uma rápida reflexão sobre as fases da vida passadas nesta existência, confrontando-se a dolorosa realidade da vida com o a esperança pelo sortilégio da felicidade.
Um abraço!
É o poema:
"VIA CRUCIS DA ESPERANÇA
Quando era menino,
Achava que o mundo
Não tinha nem meio,
Nem Fim, nem início.

Invencível o era sim,
Por sua eterna alegria,
Infinita o era assim,
Sempre em mim havia.

Passa-se o tempo, mudamos todos...

Quando era adolescente,
Vi a roda da vida girar.
E via em minha frente,
As ilusões a me enganar.

O querer fazer tudo,
Sem ter como poder.
Numa luta desigual,
Daquele com o fazer.

E a mudança, nos faz ver tudo claramente...

Quando me acordo adulto,
Vejo com nitidez doentia.
Que a existência é insulto,
Aos sonhos que eu tinha.

Coração despedaçado,
Esperanças frustradas.
Desejo dilacerado,
Alegrias dizimadas.

Será que não teremos o direito de sonhar?

Quem sabe um milagre,
Um momento feliz.
Um sorriso se deflagre,
Tudo que sempre quis.

A esperar o sortilégio,
Estou eu aqui assim.
A cometer este sacrilégio,
A esperar o dia do fim.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cartas ao mundo - Aniversário

Meus amigos,

Antecipadamente, quero agradecer-lhes pelas lembranças pela passagem de meu aniversário, data que não tem me agradado tem um bom tempo, pois, a esta altura, muitos daqueles que fazem parte de nossa vida já estão com uma certa idade, além de nós mesmos, que passamos a assumir às incumbências inerentes à esta fase de vida...
Esse sentimento, de logo, associou-se ao de Álvaro de Campos, uma das "faces" de Fernando Pessoa, que passo a apresentar a vocês:
"ANIVERSÁRIO

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim mesmo,
O que fui de coração e parentesco,
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino.
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa.
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!..."
Tudo isso me fez lembrar da época de menino até a adolescência... E tem sido assim...
Pessoas queridas indo embora, outras envelhecendo... E eu também...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos nunca mais foi o mesmo, mas, ainda assim, não posso me queixar, pois, apesar de tudo, outros amigos vêm chegando para fazer tão melhor quanto o dia dos meus anos...
Um abraço e, mais uma vez, obrigado.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ensaios do Exílio - "O vento varria tudo"...


Ah, minha querida vozinha, não podia deixar de lhe encontrar, apesar de jamais ter estado contigo em qualquer dia nove de agosto que fosse... Apesar de ter querido muito, mas muito ter estado presente nessas datas. Ainda assim, sei que para ti estive presente em todos esses momentos, assim como nos menos onzes de agosto que se passaram enquanto estivesses conosco.
O que posso dizer, hoje e nos dias onze que virão, é que um dos maiores presentes da minha vida foi podido ser seu neto, mesmo que tão distante, o que jamais me fez esquecer das oportunidades em que estivemos juntos... Cantando aquelas músicas antigas (inclusive "camisa listrada"), rindo das graças alheias, quando a senhora dizia: "é louco", quando a senhora juntava as mãos e soltava aquelas suas famosíssimas notas sobre alguém ou quando chegava alguém indesejável, se limitava a responder o famoso chavão: "pois é" e de quando assistíamos os bonecos na televisão, todos os dias, à tarde, e me dizia: "horrível" (imagine agora que tem um boneco chamado Feitosa)... Mas, impossível esquecer do "deus que lhe dê boa sorte"...
Mas, como disse o poema, "o vento varria tudo, e a minha vida ficava cada vez mais cheia de tudo".... Principalmente de saudades e lembranças... Apesar de não estares mais conosco é como se estivesses em todos os lugares... Sempre...


sábado, 7 de agosto de 2010

Outra vez, Bandeira...

Canção do vento e da minha vida

"O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...

E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.

O vento varria as luzes
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...

E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.

O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...

E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.

O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!

E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo."

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Algumas palavras...


Painel com fotos que participaram do concurso da Radio France Internacional
Caros amigos, bom dia!
Depois de uma semana sem postar, em razão do muito trabalho que sempre tenho, volto, mesmo que à "passos de elefante" para o convívio de vocês por este blog.
Inicialmente, gostaria de fazer referência ao painel de fotos que vos apresento nesta ocasião. As fotos em apreço participaram do concurso fotográfico "represente sua cidade ou estado", promovido pela Rádio France Internacional, onde me inscrevi com duas fotos do sertão cearense que serão facilmente reconhecidas, pois já foram postadas neste blog recentemente. Nesta ocasião, quero felicitar os vencedores do concurso, em especial a fotógrafa paraibana que venceu nos dois últimos lugares. A galeria completa se encontra neste link: http://www.portugues.rfi.fr/brasil/20100801-correio-dos-ouvintes-para-o-brasil.
Passando de um pólo a outro, quero dizer algumas palavras para depois fazer um pedido aos amigos.
Muitos me tem repassado diversos emails maldizendo o candidato "a" ou a candidata "b", o que tem incomodado bastante, pois perco muito tempo separando os emails que devo ou não ler, dentre estes, os que apresentam o aludido teor. Em sendo assim, não envio emails com tal cunho já tem um bom tempo, justamente para não fazê-los ter o prejuízo que tenho ultimamente. Por isso, fica meu pedido.
Hora de voltar ao trabalho!
Um abraço