sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sem muito a declarar...

Os últimos dias não tem sido fáceis, por isso hoje vou me dar folga do blog pois a cabeça hoje não tá boa pra escrever... Para não passar em branco, deixo uma música muito bonita que a minha querida amiga Maria me disse para ouvir... De fato, é, por isso, compartilho o link com vocês!

http://www.4shared.com/file/114176905/d8d70fb7/Crepsculo_-_Cano_de_Ninar_-_Lullaby.html

Boa audição!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ensaios do Exílio Interior: humor volúvel e a variação por hora

Hoje acordei meio coisa e tal... Com o humor meio atravessado... Fazia tempo que não acordava assim, mas isso é sinal que estou vivo... Mas não estou infeliz não, muitíssimo pelo contrário, pois hoje me é o aniversário de uma grande amiga minha que completa 81 anos, que é minha madrinha e mora comigo... E que espero que fique por muitos e muitos anos conosco! Daqui a pouco, vou dar o beijo e o abraço de aniversário dela!
Enquanto escrevia o primeiro parágrafo, cheguei a conclusão de que estou mesmo é com meu senso de humor cansado... Talvez, ele esteja como eu... precisando de umas boas férias!
Mas enquanto isso, vamos trabalhar e trabalhar e trabalhar... Principalmente pra distrair um pouco a cabeça e continuar, como dizia uma música do Bob Dylan, pra continuar andando na linha.
Talvez seja saudade do verão, que é a época do ano que mais gosto, pois posso caminhar bastante na praia, andar de bicicleta, correr, nadar... E como ele tá demorando esse ano!
Mas falta uma besteirinha de nada pra ele chegar... E ainda menos para meu humor ficar bem!
Hoje não quis falar de coisas sérias, mas certamente amanhã falarei... Tenho todo tempo do mundo para isso!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Dia Político - O desenvolvimento e o subdesenvolvimento, por Josué de Castro

Bom dia!
Hoje continuamos a falar no subdesenvolvimento, só que a abordagem de hoje é bem diferente. Hoje não vou expor minhas reflexões acerca do tema, pois o tempo não permite, mas, para que este não deixe de ser enriquecido, deixo o texto "o desenvolvimento e o subdesenvolvimento", do reconhecido humanista que foi o Dr. Josué de Castro, que foi um ícone do bom combate ao subdesenvolvimento; não apenas em nosso estado, mas, principalmente fora de nosso país.
Em que pese o presente texto ser temporalmente ultrapassado, é indiscutível que ele vem provocar a discussão de um tema atualíssimo, mormente a crise econômica global sem precedentes que estamos a enfrentar e que pode ensejar numa mudança de pensamento de todos para que possamos pensar numa forma mais humana de desenvolvimento, que possa reduzir, de forma efetiva, o fosso que separam as classes sociais.
É o texto
Josué de Castro
DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO"O subdesenvolvimento não é, como muitos pensam equivocadamente, insuficiência ou ausência de desenvolvimento. O subdesenvolvimento é um produto ou um subproduto do desenvolvimento, uma derivação inevitável da exploração econômica colonial ou neocolonial, que continua se exercendo sobre diversas regiões do planeta".Os países do Terceiro Mundo são subdesenvolvidos, não por razões naturais - pela força das coisas - mas por razões históricas - pela força das circunstâncias. Circunstâncias históricas desfavoráveis, principalmente o colonialismo político e econômico que manteve estas regiões à margem do processo da economia mundial em rápida evolução.Na verdade, o subdesenvolvimento não é a ausência de desenvolvimento, mas o produto de um tipo universal de desenvolvimento mal conduzido. É a concentração abusiva de riqueza - sobretudo neste período histórico dominado pelo neocolonialismo capitalista que foi o fator determinante do subdesenvolvimento de uma grande parte do mundo: as regiões dominadas sob a forma de colônias políticas diretas ou de colônias econômicas.O subdesenvolvimento é o produto da má utilização dos recursos naturais e humanos realizada de forma a não conduzir à expansão econômica e a impedir as mudanças sociais indispensáveis ao processo da integração dos grupos humanos subdesenvolvidos dentro de um sistema econômico integrado. Só através de uma estratégia global do desenvolvimento, capaz de mobilizar todos os fatores de produção no interesse da coletividade, poderão ser eliminados o subdesenvolvimento e a fome da superfície da terra.
O maior de todos esses erros foi considerar o processo do desenvolvimento em toda parte como semelhante ao desenvolvimento dos países ricos do Ocidente. Uma espécie de etnocentrismo conduziu os teóricos do desenvolvimento a assentar as suas idéias e estabelecer os seus sistemas de pensamento em concepções de economia clássica que ignoravam quase totalmente a realidade sócio-econômica das regiões de economia ocidental capitalista, uma economia socialista em elaboração acelerada e uma rede de abastecimento e de venda no resto do mundo. Não se ocupavam, pois, das estruturas econômicas desse resto do mundo, abandonado quer aos sociólogos, quer, antes, aos folcloristas.Esta tremenda desigualde social entre os povos divide economicamente o mundo em dois mundos diferentes: o mundos dos ricos e o mundo dos pobres, o mundo dos países bem desenvolvidos e industrializados e o mundo dos países proletários e subdesenvolvidos. Este fosso econômico divide hoje a humanidade em dois grupos que se entendem com dificuldade: o grupo dos que não comem, constituido por dois terços da humanidade, e que habitam as áreas subdesenvolvidas do mundo, e o grupo dos que não dormem, que é o terço restante dos países ricos, e que não dormem, com receio da revolta dos que não comem.Um dos fatores mais constantes e efetivos das terríveis tensões sociais reinantes é o desequilíbrio econômico do mundo, com as resultantes desigualdades sociais. Constitui um dos maiores perigos para a paz o profundo desnível econômico que existe entre os países economicamente bem desenvolvidos de um lado, e de outro lado os países insuficientemente desenvolvidos. Desnível que se vem acentuando cada vez mais, intensificando as dissensões sociais e gerando a inquietação, intranqüilidade e os conflitos políticos e ideológicos.
Ora, o problema do subdesenvolvimento não é exclusivo destes países; é antes um problema universal, que só pode ter soluções igualmente em escala universal. Viver na opulência, num mundo em que 2/3 estão mergulhados na miséria, não é apenas perigoso, é um crime. A tensão social na qual se vive hoje é, na maior parte das vezes, o produto desta conhecida injustiça social, uma vez que os povos dominados tomaram consciência da realidade sócio-econômica do mundo, nesta fase da história da humanidade que vivemos, fase de transformações explosivas, caracterizadas essencialmente por explosões diversas: a explosão psicológica dos povos explorados, não menos perigosa do que a explosão atômica com a qual se abriu uma nova era no nosso planeta: a era atômica.É urgente restabelecer o equilíbrio econômico do mundo aterrando o largo fosso que separa os países bem desenvolvidos dos países subdesenvolvidos, sem o que é bem difícil que se consiga a verdadeira paz e a tranqüilidade entre os homens. Nenhuma tarefa internacional se apresenta mais árdua, mas ao mesmo tempo mais promissora para o futuro do mundo, do que a do desenvolvimento econômico destas áreas mais atrasadas, onde os recursos naturais e os potenciais geográficos se conservam relativamente inexplorados.A paz depende mais do que nunca do equilíbrio econômica do mundo. A segurança social do homem é mais importante do que a segurança nacional baseda nas armas.Igualmente falso é o conceito de desenvolvimento avaliado unicamente à base da expansão da riqueza material, do crescimento econômico. O desenvovimento implica mudanças sociais sucessivas e profundas, que acompanham inevitavelmente as transformações tecnológicas do contorno natural. O conceito de desenvovimento não é meramente quantitativo, mas compreende os aspectos qualitativos dos grupos humanos a que concerne. Crescer é uma coisa; desenvolver é outra. Crescer é; em linhas gerais, fácil. Desenvolver equilibradamente, difícil.
Cada vez se pergunta com mais insistência se desenvolver-se significa desumanizar-se, nesta frenética busca de riqueza, de acordo com a fórmula preconizada pelo Ocidente de maximizar os lucros em vez de maximizar as energias mentais que enriquecem com mais rapidez a vida dos homens e podem dar-lhes muito mais felicidade.O problema do desenvolvimento do Terceiro Mundo, e mesmo o do mundo inteiro que ainda se apresenta subdesenvolvido sob certos aspectos, é antes de tudo um problema de formação de homens. Se a revolução industrial dominou o século XIX, é a revolução cultural que deve dominar o século XX, isto é, a criação de uma cultura capaz de encontrar verdadeiras soluções para os grandes problemas da humanidade.O subdesenvolvimento é uma forma de subeducação. De subeducação, não apenas do Terceiro Mundo, mas do mundo inteiro. Para acabar com ele, é preciso educar bem e formar o espírito dos homens, que foi deformado por toda parte. Só um novo tipo de homens capazes de ousar pensar, ousar refletir e de ousar passar à ação poderá realizar uma verdadeira economia baseada no desenvolvimento humano e equilibrado.As contradições do desenvolvimento são múltiplas. Desenvolvimento significa ao mesmo tempo mutação e disciplina. Mas a disciplina impede muitas vezes a mutação. É o conservantismo das sociedades que alcançaram um auto grau de desenvolvimento, que se tomam como modelo ideal de sociedade e passam a combater o desejo da transformação.Encarar aspectos isolados do problema na luta contra o subdesenvolvimento parece-nos algo ultrapassado, pois sabemos que as fórmulas tradicionais, as medidas isoladas e as concessões limitadas não bastam. A gravidade do problema requer urgentemente a adoção de uma estratégia global do desenvolvimento, comportamento e medidas convergentes por parte dos países desenvolvidos, assim como dos países em vias de desenvolvimento. Só há um tipo de verdadeiro desenvolvimento: o desenvolvimento do homem. O homem, fator de desenvolvimento, o homem beneficitário do desenvolvimento. É o cérebro do homem a fábrica de desenvolvimento. É a vida do homem que deve desabrochar pela utilização dos produtos postos à sua disposição pelo desenvolvimento.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Cine Observatorium - O tempo e a realidade: quando eles param

Bom dia!

Apesar do título do texto aparentar uma discussão filosófica, saibam leitores, que este é uma singela referência de que o tempo e a realidade podem congelar (mas não para sempre). Nossa referência, nesta ocasião, é ao curta-metragem dirigido por Glauber Rocha, chamado "Maranhão 66", que é uma experiência em som e imagem diferente. A história se refere a primeira posse do ex-governador do Maranhão e atual presidente do Senado, José Sarney, que fazia um discurso duro contra a corrupção e as injustiças sociais naquele estado, prometendo um avanço social signifcativo àquele povo. Hoje, quase 45 anos depois, os principais personagens estão ai; o primeiro, se mantém no poder até hoje, com uma conduta bastante questionada pelos meios de comunicação; o segundo, parece congelado no tempo... Até arquitetônicamente...
Fiquem com o clássico, com duração de 10 min, mas que possui imagens e outros detalhes que duram a anos...
Pegue aqui seu ingresso e boa sessão http://www.youtube.com/watch?v=t0JJPFruhAA
Por hoje é só!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Escritos do Exílio Interior - III: nós, nosso destino e nossos erros

Bom Dia!

Esse fim de semana tive a oportunidade de passar o dia em casa, e, apesar de estar, como sempre, assoberbado de trabalho, não consegui avançar muito, apesar de pouco, da forma como estou, pode ser muito, mas muito mesmo.
Hoje acordei meio "out", pessimista em relação as coisas (alguns podem até dizer que é um estado normal meu), talvez eu seja pragmático demais, mas com olhar míope para determinadas coisas.
As coisas ultimamente não tem andado da forma como poderiam ser, seja em relação do olhar de algumas pessoas para mim, seja de mim para algumas pessoas, e quero pedir a elas que perdoem nossos erros, pois não andamos numa boa fase, talvez, haja o agravante do inferno astral próximo ao aniversário... Olhe que eu acredito, afinal, sou muito supersticioso (ou maluco mesmo...rs).
A cegueira causada por esta miopía anda trazendo complicações diversas, por cautela, não tomarei qualquer outra decisão ou darei qualquer passo até que eu veja que estou num mar de tranquilidade ou num céu de brigadeiro.
Peço desculpas as minhas vítimas, pois, por mais que nosso sentimento e boa vontade sejam verdadeiros, e mantidos após a ação, nem sempre os transmitimos da forma adequada, causando dissabores a todos.
Talvez o que esteja me faltando é umas boas férias longe de tudo para, pelo menos, recarregar as baterias e resolver, definitivamente, algumas pendências que se encontram em aberto... Mas, de logo, vou começar a agir... Seja como for, a solução tem-se que ser dada para que possamos avançar...
Hoje to com um discurso de político, preciso deixar disso, para não me acostumar...
Mas, primeiramente, vou mudar os óculos para ver se as coisas melhoram, para passarmos para uma nova fase.
A verdade é que a confusão está instalada... Vamos ver o que sobre pra por ordem na barraca!
Quem sabe não é dessa mexida que nossas vidas está precisando? Talvez essa ultima frase seja a única que se salva neste texto sem sentido. O que falta é nós aprendermos com nossos erros e mudarmos a historia do nosso destino sempre pra melhor!
Hoje é um novo dia, por isso vou tentar recomeçar! Mesmo que não seja nada fácil!

sábado, 25 de julho de 2009

Tristeza num dia, alegria no próximo.

Bom Dia!

Ontem fui com amigos assistir o jogo entre o meu querido time do povo (Santa Cruz) e Sergipe, mas, como é de conhecimento geral, o resultado foi desfavorável, mas não o vejo como justo, pois qualidade técnica não é característica comum a ambos. O que me deixou ainda mais triste é que o time mostrou-se despreparado, desleixado, desqualificado, o que é um desrespeito a história do nosso time, que tem como marca maior sua raça.
Não quero mais falar nisso! Sobre o tema, fica nossa consideração de que no jogo encontramos torcida de série A, estrutura de série B, arbitragem de série C, adversário de série D e time de série E pra baixo.
Que vergonha!
Mas, ao passo da derrota, hoje temos um dia a comemorar: dia da avó!
Avó, como todos sabem, é melhor que mãe, pois jamais nos dá aquela reprimenda por nossos erros e estão sempre a nos agradar. Alguém dizia que eu era um homem feliz, pois tinha tido Bisavó até mais de dez anos. De fato, fui sim!
Tive também a felicidade de ter minhas duas avós até um pouco tempo atrás. A materna, que também é minha madrinha, mora comigo desde meu nascimento e a paterna morava longe, mas, sempre nas minhas férias, eu ia vê-la.
E eu adoro as duas... Cada uma com seu jeito e com suas graças...
Ainda não consegui superar a ausência de Vovó Francisquinha, mesmo que já façam quase 02 anos que ela nos deixou... É muito duro e difícil voltar a Tauá e não encontrá-la lá...
Mas ainda tenho a felicidade de ter Vovó Terezinha comigo, ainda na minha casa, para nos alegrar por muitos e muitos anos... Pena que a gente não tá mais podendo dançar no meio da casa não é vó? risos...
Queria ter podido escrever algo que fosse compatível ao meu bem querer com vocês, mas teria de ser um artista muito competente para isso... O que não sou, mas deixou essas mal traçadas linhas em homenagem a vocês!
Esses são um dos maiores tesouros que temos na vida, tão valiosos quanto nossos pais, que a gente deve sempre cuidar e respeitar para o resto de nossas vidas, que, com certeza, com eles será muito mais feliz!
Beijo pras vovós!

Alegria por lamento...

Bom dia!

Hoje acordei pensando em escrever sobre coisas alegres, bonitas... Como, por exemplo, falar sobre a viagem que, um dia nessa existência, pretendo fazer a "cidade luz", mostrando um pouco do que é bonito e falando das minhas razões por querer conhecer aquela cidade.
Ao acordar, liguei meu rádio para saber das notícias do dia, quando ouço que os Ministros do Supremo Tribunal Federal estariam se convencendo que os argumentos apresentados pelos bancos em relação aos planos econômicos devem ser aceitos, o que prejudicaria milhares de poupadores no país.
Isso me trouxe uma decepção sem tamanho, por uma série de razões, a saber:
1. O que prevalecerá? O interesse dos bancos e o prejuízo dos poupadores lesados ou o devido pagamento decorrente da correção feita a menor?;
2. Os bancos possuem assessorias em todas as áreas que os permite avaliar todos os cenários de risco, por isso, os bancos sabiam que a correção feita a menor poderia ensejar, no futuro, a possível condenação ao pagamento dessas diferenças;
3. A alegação de que o pagamento destas diferenças pode implicar em risco sistêmico para o sistema bancário brasileiro, principalmente porque poderia ensejar em sua descapitalização, tem igual sorte, vez que as diferenças que deviam ter sido pagas naquelas oportunidades renderam e muito para os bancos, que sempre lucraram valores absurdos com os juros estratosféricos cobrados nos empréstimos feitos com eles;
Algumas vezes me perguntei se os interesses corporativos poderiam suplantar o direito positivado, e, sabendo-se, principalmente, que estes poderiam trazer prejuízos a parcela significativa da população... Eu acreditava que não, mas já não estou tão certo disso...
A dúvida que páira é infinitamente pior que a certeza da coisa... Se isso acontecer, para onde vai a credibilidade da já abalada do judiciário?
Em sendo favorável aos bancos a decisão, resta acreditar em quem para ser guardião dos nossos direitos? Onde está a segurança jurídica do sistema?
Como deveremos julgar agora? Dois pesos e duas medidas não cabem para esta atividade!
De certo, é que estou frustrado... Fazendo preces para que a decisão pertinente a matéria seja favorável aos correntistas, porque os julgadores que não concordam com o posicionamento estarão na conta dos que concordaram.
Será que estamos na treva?

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Dia Cultural

Bom Dia!
Hoje é dia de lembrança! Sempre as sextas, ne época em que era estudante secundarista, aconteciam as aulas de filosofia com o Professor Mário Caridade, que, durante três anos, nos falou sobre as correntes filosóficas e outros assuntos. Mas, apesar de falar também de outros filósofos, um, em especial, me despertou para sua leitura: Albert Camus.
Camus, argelino de nascimento, foi um dos maiores ícones do existencialismo e autor de reconhecidas obras como "o estrangeiro", "a peste", "a queda", "diário de viagem" (que estou lendo atualmente), bem como fora editor do jornal "l`combat", que circulou em Paris durante o governo nazista de Vichy, propagando as idéias de resistência ao nefasto grupo.
Seus personagens partem em busca de um mundo novo, formado por valores novos, criados pela absurda experiência humana. Talvez um dos pontos mais interessantes da personalidade de Camus tenha sido essa dependência entre a obra e a vida do escritor. A sua vida intelectual nasce de suas primeiras experiências, sentindo-se em algumas de suas obras, principalmente nas primeiras, a necessidade de escrever aquilo que realmente estava sendo vivido e pensado. Todas as categorias intelectuais progressivamente definidas por Camus, sendo as duas mais importantes o absurdo e a revolta, foram elaboradas em conseqüência das experiências que ia acumulando. Dele não se pode dizer que foi um escritor com um universo independente e próprio. Tendo uma alta capacidade criadora ele escreveu uma obra imersa no real e no concreto.
Pois é, nada como um dia bem vivido não é Mário?
A seguir, alguns fragmentos de suas obras:
  • "Não temos tempo para sermos nós mesmos; temos apenas tempo para sermos felizes".
  • "Estou farto das pessoas que morrem por uma idéia... O que me interessa é que se viva ou que se morra pelo que se ama".
  • "Não há grandes dores em grandes arrependimentos, nem grandes recordações.Tudo se esquece, até mesmo os grandes amores. É o que há de triste e ao mesmo tempo de exaltante na vida. Há apenas uma certa maneira de ver as coisas e ela surge de vez em quando. É por isso que, apesar de tudo, é bom ter tido um grande amor, uma paixão infeliz na vida. Isso constitui pelo menos um álibi para o despero sem razão que se apoderam de nós".
  • "Penso agora em flores, sorrisos, desejo de mulher, e compreendo que todo o meu horror de morrer está contido em meu ciúme de vida. Sinto ciúme daqueles que virão e para os quais as flores e o desejo de mulher terão todo o seu sentido de carne e de sangue. Sou invejoso porque amo demais a vida para não ser egoísta... Quero suportar minha lucidez até o fim e contemplar minha morte com toda a exuberância de meu ciúme e de meu horror".
  • "Compreendi, então, que um homem que houvesse vivido um único dia, poderia sem dificuldade passar cem anos numa prisão. Teria recordações suficientes para não se entediar. De certo modo, isto era uma vantagem."
  • "O grande desejo de um coração inquieto é possuir interminavelmente o ser que ama e poder mergulhar esse ser, quando chega o tempo da ausência, num sono sem sonhos que só possa acabar no dia do reencontro."
  • “Caminhamos ao encontro do amor e do desejo.Não buscamos lições, nem a amarga filosofia que se exige da grandeza. Além do sol, dos beijos e dos perfumes selvagens,tudo o mais nos parece fútil.”
  • "Como se esta grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziado de esperança, diante desta noite carregada de sinais e de estrelas, eu me abria pela primeira vez à terna indiferença do mundo."
  • "e no meio do inverno descobri que dentro de mim havia um verão invencível."
  • "Mesmo no banco dos réus, é sempre interessante ouvir falar de si mesmo."
  • "Você sabe o que é o encanto? É ouvir um sim como resposta sem ter perguntado nada."
  • "Jovem eu pedia às pessoas mais do que elas me podiam dar: uma amizade contínua, uma emoção permanente. Hoje sei pedir-lhes menos do que podem dar: uma companhia sem palavras. E as suas emoções, a sua amizade, os seus gestos nobres mantêm a meus olhos o seu autêntico valor de milagre: um absoluto resultado da graça."

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Show de horrores

Bom Dia!
Hoje fiz minha leitura diária dos jornais, mas algo me deixou bastante assustado! Nunca vi uma coisa tão horrível quanto a cara de pau e a hipocrisia de gente que tem aparecido negativamente, quanto aqueles que tentam aparecer positivamente.
Acho que estamos no fim dos dias!!
Todos os dias, incessantemente, as traquinagens sem fim na capital do império, negadas e renegadas por seus autores, que se encontram dando as cartas na mesa há seculum seculorum, mas que não tem mais passado em brancas nuvens como outrora passavam. Agora não se tem como negar, pois com o tal do grampo só pode dizer que foi montado ou era um imitador que estava no aparelho imitando o poderoso.
Talvez a profecia do meu querido Guru (do Méier), Millôr Fernandes, seja a adequada para conclusão dessa história: "a era da ética terminou. A era do humanismo está definitivamente morta. Entramos nos tempos do pragmatismo, pior, do casuísmo, que é o pragmatismo degenerado. Em suma: época do pret-à-porter moral, do batedor de carteira ideológico".
Não há justificativa alguma... O sistema chegou ao fundo do poço da moralidade... Mas, como disse algum filósofo importante, cujo nome não recordo, disse que é dos caos que vem a ordem...
E o pior, só vejo a possibilidade de apenas um ou dois gatos pingados puxarem o cordão da ética propriamente dita. Mas serão vozes perdidas no meio da planície, pois a imprensa só quer servir escândalos como prato do dia.
Ao lado deste fato, representantes dos grupos que eram do lado da luta pela democracia e se aliaram a grupos que se mantiveram no poder e que querem voltar, encontram-se se organizando de uma forma muito interessante. A estratégia agora é, através do uso do dinheiro público, homenagear figuras que tem uma influência junto a setores da população, mesmo que póstumamente, para quebrar supostas resistências e conquistar votos... É complicado não acham?
Pior é termos de por tudo num só balaio e termos que escolher o que é melhor para nossa região ou para nós, individualmente, deixando-se de lado qualquer postura eticamente responsável.
Millôr, mais uma vez:
"Olho o espelho; alarmado. E se a vida for do outro lado?".
Só falta agora adotarmos o anarquismo, que é, segundo o próprio, "apenas uma proposta social em que você dá ao palhaço a administração do circo (e quase sempre ele é muito bem sucedido)".

terça-feira, 21 de julho de 2009

Escritos do Exílio Interior - II: importantes reflexões banais

Bom Dia!

Hoje me dei o direito de acordar um pouquinho mais tarde, mesmo sem poder me dar tal benefício... Como sempre, estou com muito trabalho acumulado...
Mas, desde ontem, estou numa rotina um pouco menos "hard", pois foi possível almoçar com colegas de trabalho e ainda sair pra jantar descompromissado de horário. Só não foi melhor porque não consegui encontrar um filme que fosse do meu agrado.
O ruim de quando você lê demais, estuda demais, escuta demais é ficar seletivo por demais... E Isso pode atrapalhar bastante!
Também não iria assistir qualquer coisa... Principalmente filme meloso, pois o coração anda muito sofrido, pra depois de velho estar chorando no cinema é demais!!! Saibam, meus amigos, não é problema de amor velho não, coisa que já foi bem depurada e resolvida...
A gente tem que estar com quem quer a gente de verdade, pena que nem sempre as coisas são como queremos, pois as vezes não nos permitimos conhecer o novo, prejudicando uma nova possibilidade de sermos felizes... Afinal nada é certo nesse mundo!
De uns anos pra cá, não tenho me eximido de dizer a quem gosto sobre o que se passa, apesar de não ter tido muita sorte nas minhas escolhas... Não que me ache ter escolhido errado, mas é que nem sempre somos correspondidos como esperavamos, tendo ou não iniciado qualquer relacionamento.
Talvez esteja falando nesse "velho tema" porque seja o único assunto que tem sempre importância em nossas vidas... Durante toda nossa passagem...
Acho que li Camus demais... Mas, como ele, o velho filosófo que corta nosso coração quando nos embriagamos para esquecer alguém, o saudoso Valdick Soriano disse numa entrevista a Geraldo Freire, "A vida é aqui! Morreu, acabou".
Chico Anysio disse a mesma coisa após tê-la descoberto após os 70 anos.
Ainda bem que descobri isso quando tinha 15... Tem muito tempo ainda para teimar e, talvez, conseguir ser feliz!
Xi, pareço estar de fogo a essa hora, pois as ideias não batem bem... Talvez o texto seja como a vida, com tanto tema importante, mas num texto bem banal... Até sem sentido como este!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia Cultural

Bom dia!

Ontem, dia do amigo, tive a oportunidade de conversar com meu querido amigo João, e, após uns dedos de prosa, relembramos alguns assuntos antigos... Dentre eles, o que se refere a uma carta que mandei para ele em 1997, onde eu revelava estar apaixonado por uma amiga nossa. Lida a minha carta, este me respondeu enviando, inclusive, uma foto dela que havia sido tirada por ele em nossos encontros. Meu caro irmão, eu ainda guardo essa carta, sem a foto, pois joguei-a fora há tempos, mas depois de tanto tempo, com a maturidade de alguém 12 anos mais velho, posso lhe dizer que errei porque não segui, naquela ocasião, o que disse Fernando Pessoa no poema “Cartas de Amor”.

Pessoa é um dos autores de minha cabeceira, com seu imenso “o eu profundo e os outros eus”. Apesar de ser uma obra que abarca uma grande quantidade de poemas, faltou ao editor incluir o da carta, que, depois do episódio, me fez refletir e me utilizar desta forma para me fazer expressar os sentimentos.

Por isso, em homenagem ao querido autor, e, principalmente em relação à referência feita, que fora acompanhada da promessa de que jamais deixaria de fazê-las, deixo-o com vocês, para que sempre as escrevam!

Carpe diem! Vita brevis est! (Não é Bárbara? Aprendi contigo!).

CARTAS DE AMOR - Fernando Pessoa

Todas as cartas de amor são ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas.
Também escrevi, no meu tempo,
cartas de amor como as outras,ridículas.
As cartas de amor,
se há amor, têm de ser ridículas .
Quem me dera o tempo,
em que eu escrevia sem dar por isso,
cartas de amor, ridículas.
Afinal, só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são ridículas...

Escritos do Exílio Interior - I: o tempo e a amizade

Hoje acordei pensando no tempo passado, lembrando de queridos amigos e de fatos distantes...

Como era bom ter apenas como preocupação os livros, as provas, as aulas e os compromissos sociais. Hoje, segunda, estou nervoso porque não consegui completar minhas obrigações que se encontravam pendentes neste último fim de semana.

Amigo leitor, o que quero neste texto é falar de como o tempo passa e nós não nos atemos a este fato, mas também quero aproveitar e homenagear meus amigos, velhos e novos, nesta data tão significativa.

Lembro de João, Tonico e Da Mata e nossas reuniões filosóficas, onde discutiamos a existência de Deus após a leitura de "a peste" de Camus e "Assim falava Zaratrusta" de Nietzsche, estas feitas na casa dos pais de João, incentivadas por aquela velha ceva gelada!

Além destas figurinhas, ainda somavam-se Bruna, Catarina, Marcelinho,Marquinho, Mariana, PH, Rafaella, Renata, Leitão e o famoso Vagão, que nos reuniamos nos famosos churrascos, sempre às sextas, pra comer muito, dançar bastante, beber ainda mais e principalmente conversar até o dia raiar.

São tantas histórias... Num destes João e Renata começaram a namorar e hoje estão casados... Não é meu afilhado!

Afora nossas fugas para a praia, gazeando a aula das quartas... E a loucura que fiz de por Catarina para dirigir meu carro como toda turma dentro... Ela sem saber dirigir, eu sem carteira e cheio de gente dentro! Eita juízo!!!

São muitas lembranças... O tempo passou... Alguns hoje casados, separados; encontraram seu rumo, outros teimam... Uns perto, outros longe! Mas sempre em nossos corações está a amizade!

Mas, é fundamental fazer algumas referências:

Jorge, você não se enquadra nessa situação... Pra você vai a máxima “irmão é amigo que a vida nos dá... Amigo é irmão que a gente escolhe”... Todo dia estamos juntos matando um leão... Ainda bem que não brigamos mais como quando crianças, porque isso na idade adulta é demais!!

Andréa, Elaine, Dra. Bárbara de Almeida e Luciana, não esqueci de vocês!!

Alexandre, Alessandra, Camila, Danilo, Danyelle, Mascena, Maria, Paulo Valença e Raquel, estamos construindo uma história juntos, tenho certeza que estarão integrando a crônica do ano que vem!

Desculpe os amigos novos, mas como dizia minha querida avó, "antiguidade é posto"! Por isso o privilégio momentâneo...

De certo, é que o tempo, além de professor, nos permite construir esse patrimônio tão simples e valioso, que é ser e poder ter amigo.

Parabéns pelo nosso dia! Beijo no coração de todos!