Bom Dia!
Continuamos a exibir filmes, que de alguma forma, se referem ao subdesenvolvmento. O filme que entra em cartaz hoje, o "Ilha das Flores" é o título de um curta-metragem dirigido por Jorge Furtado, ganhador dos prêmios de melhor filme, montagem e roteiro, no Festival de Gramado, em 1989 e vencedor do Urso de Prata em Berlim, em 1990. Em doze minutos projeta-se a trajetória de um tomate, desde a sua plantação até o seu consumo final na Ilha das Flores, local que serve de lixão para os habitantes da Grande Porto Alegre. Essa trajetória envolve processos econômicos e sociais, tais como: a venda do tomate ao supermercado, a compra do tomate pelo consumidor, o consumo ou não consumo do tomate pelo comprador, a ida do tomate não consumido ao lixo, o destino desse lixo e, finalmente, o consumo do tomate descartado, bem como dos demais tipos de lixo consumidos pelos porcos que se criam nos lixões e, após estes, por seres humanos economicamente desprivilegiados. É ao final do filme que a crítica, contundente, mas irônica, torna-se crua. Aquilo que é sugerido durante todo o filme é, então, explicitado: o que faz os seres humanos diferentes e superiores a outros animais não é o teleencéfalo altamente desenvolvido, nem o polegar opositor, senão a quantidade de dinheiro que possuem. Na Ilha das Flores, aqueles que não têm dinheiro comem pior que os porcos.
Vamos refletir sobre isso, ao som de "O Guarani"!
Pegue aqui seu ingresso e boa sessão
