sábado, 25 de julho de 2009

Alegria por lamento...

Bom dia!

Hoje acordei pensando em escrever sobre coisas alegres, bonitas... Como, por exemplo, falar sobre a viagem que, um dia nessa existência, pretendo fazer a "cidade luz", mostrando um pouco do que é bonito e falando das minhas razões por querer conhecer aquela cidade.
Ao acordar, liguei meu rádio para saber das notícias do dia, quando ouço que os Ministros do Supremo Tribunal Federal estariam se convencendo que os argumentos apresentados pelos bancos em relação aos planos econômicos devem ser aceitos, o que prejudicaria milhares de poupadores no país.
Isso me trouxe uma decepção sem tamanho, por uma série de razões, a saber:
1. O que prevalecerá? O interesse dos bancos e o prejuízo dos poupadores lesados ou o devido pagamento decorrente da correção feita a menor?;
2. Os bancos possuem assessorias em todas as áreas que os permite avaliar todos os cenários de risco, por isso, os bancos sabiam que a correção feita a menor poderia ensejar, no futuro, a possível condenação ao pagamento dessas diferenças;
3. A alegação de que o pagamento destas diferenças pode implicar em risco sistêmico para o sistema bancário brasileiro, principalmente porque poderia ensejar em sua descapitalização, tem igual sorte, vez que as diferenças que deviam ter sido pagas naquelas oportunidades renderam e muito para os bancos, que sempre lucraram valores absurdos com os juros estratosféricos cobrados nos empréstimos feitos com eles;
Algumas vezes me perguntei se os interesses corporativos poderiam suplantar o direito positivado, e, sabendo-se, principalmente, que estes poderiam trazer prejuízos a parcela significativa da população... Eu acreditava que não, mas já não estou tão certo disso...
A dúvida que páira é infinitamente pior que a certeza da coisa... Se isso acontecer, para onde vai a credibilidade da já abalada do judiciário?
Em sendo favorável aos bancos a decisão, resta acreditar em quem para ser guardião dos nossos direitos? Onde está a segurança jurídica do sistema?
Como deveremos julgar agora? Dois pesos e duas medidas não cabem para esta atividade!
De certo, é que estou frustrado... Fazendo preces para que a decisão pertinente a matéria seja favorável aos correntistas, porque os julgadores que não concordam com o posicionamento estarão na conta dos que concordaram.
Será que estamos na treva?