quinta-feira, 23 de julho de 2009

Show de horrores

Bom Dia!
Hoje fiz minha leitura diária dos jornais, mas algo me deixou bastante assustado! Nunca vi uma coisa tão horrível quanto a cara de pau e a hipocrisia de gente que tem aparecido negativamente, quanto aqueles que tentam aparecer positivamente.
Acho que estamos no fim dos dias!!
Todos os dias, incessantemente, as traquinagens sem fim na capital do império, negadas e renegadas por seus autores, que se encontram dando as cartas na mesa há seculum seculorum, mas que não tem mais passado em brancas nuvens como outrora passavam. Agora não se tem como negar, pois com o tal do grampo só pode dizer que foi montado ou era um imitador que estava no aparelho imitando o poderoso.
Talvez a profecia do meu querido Guru (do Méier), Millôr Fernandes, seja a adequada para conclusão dessa história: "a era da ética terminou. A era do humanismo está definitivamente morta. Entramos nos tempos do pragmatismo, pior, do casuísmo, que é o pragmatismo degenerado. Em suma: época do pret-à-porter moral, do batedor de carteira ideológico".
Não há justificativa alguma... O sistema chegou ao fundo do poço da moralidade... Mas, como disse algum filósofo importante, cujo nome não recordo, disse que é dos caos que vem a ordem...
E o pior, só vejo a possibilidade de apenas um ou dois gatos pingados puxarem o cordão da ética propriamente dita. Mas serão vozes perdidas no meio da planície, pois a imprensa só quer servir escândalos como prato do dia.
Ao lado deste fato, representantes dos grupos que eram do lado da luta pela democracia e se aliaram a grupos que se mantiveram no poder e que querem voltar, encontram-se se organizando de uma forma muito interessante. A estratégia agora é, através do uso do dinheiro público, homenagear figuras que tem uma influência junto a setores da população, mesmo que póstumamente, para quebrar supostas resistências e conquistar votos... É complicado não acham?
Pior é termos de por tudo num só balaio e termos que escolher o que é melhor para nossa região ou para nós, individualmente, deixando-se de lado qualquer postura eticamente responsável.
Millôr, mais uma vez:
"Olho o espelho; alarmado. E se a vida for do outro lado?".
Só falta agora adotarmos o anarquismo, que é, segundo o próprio, "apenas uma proposta social em que você dá ao palhaço a administração do circo (e quase sempre ele é muito bem sucedido)".